O site não traz só notícias sobre campeonatos, eventos
isolados e afins que acontecem no grupo, pelo contrário, aqui também há um
espaço aberto para as coisas que também estão relacionadas à série Gran Turismo.
E acerca das últimas notícias que bombaram a mídia digital sobre Gran Turismo 6
– novos carros, novas pistas, novos modos de jogo, nova interface, nova física,
sem dúvida, a mais falada foi a saída do DeltaWing ’12 da lista oficial de
carros que estão fazendo a sua estreia no sexto título da série. Mas vamos
entender direitinho como e por quê ele supostamente pode ter sido removido.
Pra começar, quem acompanha ou mesmo dá pitacos mínimos sobre
automobilismo, o DeltaWing certamente não foi um carro que passou despercebido por comentários.
A começar pela pergunta: isso vai dar certo? De fato, deu bastante. Apesar de ser um carro que foge radicalmente dos padrões estéticos de um carro de corrida (diz os puristas), isso de nenhuma forma sujaria sua reputação e o carro
nasceu através das mãos habilidosas de Ben Bowlby, um assíduo projetista de
carros de corrida, que visava utiliza-lo como nova opção de chassis para a
Fórmula Indy, o que acabou não dando certo e que deixou o projeto em
desuso no mesmo ano em que foi apresentado como proposta, em 2009. O carro
faria sua estreia na série estadunidense no ano de 2012.
A fase inicial do projeto, ainda como uma proposta para a Indycar. |
Nos idos de 2010, Bem Bowlby procurava aliados para dar
continuidade ao projeto, por mais que não tenha sido cogitado a ter sua estreia
na Indy – a organização preferiu utilizar chassis Dallara DW12 –, poderia ser
uma proposta mais reverente, e foi o que aconteceu. Em 2011, a ideia foi levada
adiante e Don Panoz, owner da Panoz Auto Development e assessor da Internation
Motor Sports Association (IMSA), junto da Highcroft Racing e a famosa All
American Racers (AAR) de Dan Gurrey, abraçaram o projeto e prontificaram um
desenvolvimento contínuo para colocá-lo nas pistas em 2012. Na ocasião, foi
decidido que o carro faria sua primeira corrida da história nas 24 Horas de Le
Mans.
Depois de um tempo, o monocoque foi reaproveitado e
acrescentaram modificações que são exigidas em provas de longa duração e
noturnas. Faróis foram colocados, tanto no bico frontal estreito (que só mede
600mm) quanto lá atrás, à frente dos eixos traseiros e um cockpit com espaço para dois bancos foi posto. Agora com patrocínios,
estava feito o “Project 56”, como ficou conhecido entre o fim de 2011 e o
início de 2012.
Sinceramente, eu não sei ao certo em quantos eventos esse carro estava sendo exibido, mas o certo é que haveria mais uma nova aliada ao projeto: a Nissan, que se aproximou do carro, para ajudar a desenvolvê-lo nas pistas. A Nissan entrou como fornecedora de motores e o principal nome responsável pelo desenvolvimento geral do DeltaWing, bem como trazer os pilotos para guiá-lo, tarefa fácil para uma montadora que tem até um programa duro de pilotos, tanto profissionais quanto futuros (através do GT Academy).
E aí, meus caros, é aí que nasce o dilema do carro ter saído da lista oficial de carros do Gran Turismo 6. Mas vamos contar mais um pouquinho sobre ele antes de chegar no fundo do poço.
O DeltaWing participou das 24 Horas de Le Mans de 2012 sob estabelecimento da Highcroft Racing e apoio oficial da Nissan. Inscrito como um carro da "Garage 56", foi carimbo dos fotógrafos, dos fãs da corrida, de quem assistia e dos pilotos que passavam dele como retardatário. Foi mais ainda quando um Toyota TS030 atingiu a lateral na Porsche Curves com ele, arremessando o bichinho pra fora. A trinca de pilotos do DeltaWing era Marino Franchitti, Michael Krumm e Satoshi Motoyama – inclusive, esse último é o protagonista da ocasião.
O carro e o piloto ganharam tanta reputação com isso que foram considerados, ambos, os "heróis de Le Mans '12". Motoyama também é conhecido por ser um piloto persistente e que demonstra amor ao esporte, independente da colocação. Mas se eu continuar falando só do piloto, vou acabar fugindo do assunto principal: "por que diabos o DeltaWing saiu do Gran Turismo 6?"
Depois dessa corrida, continuaram insistindo no projeto. A Nissan continuava no programa de desenvolvimento e levaram-no para o Petit Le Mans, em Road Atlanta, conseguindo uma incrível quinta colocação, a frente de protótipos LMP2, Prototype Challenge e, claro, os GT's. Quem pilotava na ocasião era Gunnar Jeannette e, a cobaia da Nissan, oriunda do simulador que tanto jogamos, Lucas Ordoñez.
No dia 6 de fevereiro de 2013, depois de duas corridas garantidas, a Nissan anuncia oficialmente que está fora do projeto, dando fim a parceria com Don Panoz e cia. Levou até o projetista do carro, Ben Bowlby, consigo. A Michelin deu lugar a Bridgestone e o DeltaWing seguiu novo rumo com motor Mazda e uma nova pintura, esse aqui:
E o carro passou esse ano de 2013 pelo American Le Mans Series completo, com direito a colocações altas e uma versão Coupé, que pode fazer estreia no ano que vem, no TUDOR United Sportscar Championship, a junção do ALMS com a Grand-Am. E aí o leitor, desinteressado com o texto que foi escrito, finalmente pergunta: "cadê a história de amor que motivou a retirarem-no do GT6?"
Supostamente começa nesse mesmo ano, meses depois do DeltaWing seguir carreira solo sem apoio mínimo da Nissan e o carro do ano passado já ter sido anunciado para Gran Turismo 6, aparecendo em vários trailers e gameplays espalhadas pelos eventos que promoviam o sexto título da série. A surpresa aconteceu: um carro, chamado Nissan ZEOD RC foi apresentado no fim-de-semana que engloba as 24 Horas de Le Mans de 2013.
Claramente baseado no DeltaWing, assim como a estética bizarra, o ZEOD RC foi confirmado por Ben Bowlby no dia e que o carro faria sua participação especial nas 24 Horas de Le Mans de 2014. A diferença entre ele e o DeltaWing, além das linhas retas e suaves, está na motorização: o carro é totalmente elétrico, utilizando um pacote de baterias do tipo ião lítio e sujeito a ter alterações durante o ano de desenvolvimento.
Por incrível que pareça, Don Panoz não ficou quieto, e meses depois do anuncio do carro, o mesmo anunciou que iria processar a Nissan por plagiar seu DeltaWing... Bem, "seu" entre aspas, o projetista foi Ben Bowlby e ele tem total direito de fazer os carros que quiser, com as linhas que quiser, independente de qual projeto esteja envolvido. Apesar de Don Panoz receber a patente de envolvimento no projeto, não foi ele quem designou.
Claro que a Nissan reconhece que o modelo foi baseado no DeltaWing... Quer dizer, nem a Nissan reconhece, mas sim quem reconhece é o próprio Bowlby. Porém o mais incrível disso é que Panoz aparentemente quer que o projeto seja único no mundo. Herdar o carro não significa herdar o projeto, o papel... Quando aquilo se cria, certamente se copia. E para o bem da humanidade, é muito bom quando exploram aspectos semelhantes, critério de que o DeltaWing não está sozinho e finalmente arranjou um rival compatível.
A coisa está ficando tão séria, mas tão séria, que supostamente a briga pode parar nos tribunais. Sem muito o que perder, houve problemas de licenciamento e desidentificação com a Nissan, esse foi o real motivo da saída do DeltaWing do GT6. Em palavras resumidas pra quem não gosta de ler um texto: "a Nissan entrou de fininho, usou o DeltaWing, abandonou e foi ser independente com o ZEOD RC."
Probabilidades do DeltaWing acima voltar a compor a lista de carros para GT6? Difícil, mas não impossível. Vamos ficar de olho nessa conversa e ver no que vai dar. É capaz do Nissan ZEOD RC compor o lugar deixado pelo DeltaWing.
O carro e o piloto ganharam tanta reputação com isso que foram considerados, ambos, os "heróis de Le Mans '12". Motoyama também é conhecido por ser um piloto persistente e que demonstra amor ao esporte, independente da colocação. Mas se eu continuar falando só do piloto, vou acabar fugindo do assunto principal: "por que diabos o DeltaWing saiu do Gran Turismo 6?"
Depois dessa corrida, continuaram insistindo no projeto. A Nissan continuava no programa de desenvolvimento e levaram-no para o Petit Le Mans, em Road Atlanta, conseguindo uma incrível quinta colocação, a frente de protótipos LMP2, Prototype Challenge e, claro, os GT's. Quem pilotava na ocasião era Gunnar Jeannette e, a cobaia da Nissan, oriunda do simulador que tanto jogamos, Lucas Ordoñez.
No dia 6 de fevereiro de 2013, depois de duas corridas garantidas, a Nissan anuncia oficialmente que está fora do projeto, dando fim a parceria com Don Panoz e cia. Levou até o projetista do carro, Ben Bowlby, consigo. A Michelin deu lugar a Bridgestone e o DeltaWing seguiu novo rumo com motor Mazda e uma nova pintura, esse aqui:
E o carro passou esse ano de 2013 pelo American Le Mans Series completo, com direito a colocações altas e uma versão Coupé, que pode fazer estreia no ano que vem, no TUDOR United Sportscar Championship, a junção do ALMS com a Grand-Am. E aí o leitor, desinteressado com o texto que foi escrito, finalmente pergunta: "cadê a história de amor que motivou a retirarem-no do GT6?"
Supostamente começa nesse mesmo ano, meses depois do DeltaWing seguir carreira solo sem apoio mínimo da Nissan e o carro do ano passado já ter sido anunciado para Gran Turismo 6, aparecendo em vários trailers e gameplays espalhadas pelos eventos que promoviam o sexto título da série. A surpresa aconteceu: um carro, chamado Nissan ZEOD RC foi apresentado no fim-de-semana que engloba as 24 Horas de Le Mans de 2013.
Claramente baseado no DeltaWing, assim como a estética bizarra, o ZEOD RC foi confirmado por Ben Bowlby no dia e que o carro faria sua participação especial nas 24 Horas de Le Mans de 2014. A diferença entre ele e o DeltaWing, além das linhas retas e suaves, está na motorização: o carro é totalmente elétrico, utilizando um pacote de baterias do tipo ião lítio e sujeito a ter alterações durante o ano de desenvolvimento.
Por incrível que pareça, Don Panoz não ficou quieto, e meses depois do anuncio do carro, o mesmo anunciou que iria processar a Nissan por plagiar seu DeltaWing... Bem, "seu" entre aspas, o projetista foi Ben Bowlby e ele tem total direito de fazer os carros que quiser, com as linhas que quiser, independente de qual projeto esteja envolvido. Apesar de Don Panoz receber a patente de envolvimento no projeto, não foi ele quem designou.
Claro que a Nissan reconhece que o modelo foi baseado no DeltaWing... Quer dizer, nem a Nissan reconhece, mas sim quem reconhece é o próprio Bowlby. Porém o mais incrível disso é que Panoz aparentemente quer que o projeto seja único no mundo. Herdar o carro não significa herdar o projeto, o papel... Quando aquilo se cria, certamente se copia. E para o bem da humanidade, é muito bom quando exploram aspectos semelhantes, critério de que o DeltaWing não está sozinho e finalmente arranjou um rival compatível.
A coisa está ficando tão séria, mas tão séria, que supostamente a briga pode parar nos tribunais. Sem muito o que perder, houve problemas de licenciamento e desidentificação com a Nissan, esse foi o real motivo da saída do DeltaWing do GT6. Em palavras resumidas pra quem não gosta de ler um texto: "a Nissan entrou de fininho, usou o DeltaWing, abandonou e foi ser independente com o ZEOD RC."
Probabilidades do DeltaWing acima voltar a compor a lista de carros para GT6? Difícil, mas não impossível. Vamos ficar de olho nessa conversa e ver no que vai dar. É capaz do Nissan ZEOD RC compor o lugar deixado pelo DeltaWing.
Acho que vai fazer uma falta, tava muito afim de pilota-lo e acho que o ZEOD RC é muito diferente.
ResponderExcluirvish prevejo os Hacks de volta no GT6 pra liberar o DeltaWing
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