Gran Turismo.
Automobilismo.
Enfim, tudo isso e mais um pouco, é Gran Turismo. Muita coisa mudou de lá pra cá. No começo, nem ligávamos pra acerto de carros. Apenas coletávamos os carros mais potentes, ganhávamos campeonatos e capitalizávamos pois a dificuldade não importava, e sim ficar feliz. Era aí a graça toda: ter divertimento puro ! O 2 Player Mode, na época, não foi muito desfrutado pois garanto (!) que tu era o único que corria bem ali entre os amigos e familiares. É legal ter aquela sensação resplandecente, que ofusca o tédio e má auto-estima. O prazer de dirigir um Unisia Jecs Skyline, ver aquele turbo sneeze sendo reproduzido era a coisa mais deliciosa ! Ou senão o FTO Touring Car preto, Mazdaspeed RX-7 A-spec (o carro que de longe, mais tenho saudades), STP Taisan Viper, IMSA FedeX 300ZX-GTS GT, Kure GT-R, das pinturas ADVAN nos RM's do Civic, do ronco estridente do Impreza 22-B Rally Car, sem falar da variedade imensa dos carros de rali, como Golf GTi Rally Car, Cultus Pikes Peak, Daihatsu Storia Rally Car, entre muitos outros.. É algo realmente nostálgico ! Para mim, os que mais deixam saudades são o Momo Corse MR-2, Kraft BP Apex Trueno GT, Daishin Silvia, Mazdaspeed RX-7 A-spec, os Vectors, e a ampla gama de carros diferenciados que não fazem mais parte do GT.
O Mazdaspeed RX-7 A-Spec foi um dos carros esquecidos por Kazunori Yamauchi |
Daishin Silvia, campeão da temporada de 2001 da JGTC na GT300, marcou presença ilustre no Gran Turismo 2 destacando-se pela performance e a pintura chamativa |
Wiegert Vector W8 Twin Turbo, supercar americano da Vector, marcou única presença da Vector Aeromotive Corporation no Gran Turismo 2 com o Vector M12 |
Se eu citar todos os carros que sinto falta aqui, o foco do texto irá se desviar totalmente do proposto. (risos)
Estamos na sexta geração do GT. Uma era totalmente renovada. Mais de 1.000 veículos na lista. Acesso simplificado além de bastante diversificado, desde a poderosa câmera de photo shooting até o serviço de corridas online, que é muito contestado pelos corredores não só de nosso grupo como também no mundo inteiro pela sua instabilidade. Entretanto, não é deixado de ser organizado as várias salas de corrida, girando em torno de muitas centenas delas em horários ladinos. Além das corridas somente de diversão, muitos campeonatos são realizados em fóruns de GT do mundo inteiro. E é neste ponto que eu quero chegar no texto.
Sou membro de uma equipe desde o seu dia de nascimento: 01/01/2013. Aliás, venho de bem antes. Eu era bem mais ativo, quando ainda era a REGT (Real Elite Gran Turismo) e GT4 & 5 Brasil, na época do Orkut. Ao longo de 2013, eu não estive muito presente com o grupo. Participei de um campeonato ou outro, porém larguei no meio do caminho. Eu mal sabia que eu estava presenciando uma ascenção. Uma ascenção que logo iria tomar proporções enormemente importantes. A GRAN TURISMO STAGE estava nascendo, e seria o palco de grandes espetáculos. A descoberta de novos talentos e também da evolução de muitos pilotos que integram esta família eu pude presenciar. É impressionante como isso cresceu. Além de compormos um elenco rico em pilotos habilidosos, a competição entre todos ali não afeta em nada a relação de cada um. Seja um mais rápido que o outro, é irrelevante alguma desavença acontecer. Aliás, não é somente uma equipe, e sim uma família. Uma família onde a fraternidade é emblemática, se olhado mais a fundo. Onde todos aprendem, até mesmo quem está sempre no topo. Recordes quebrados todos os dias. Uma miscelânea de conteúdos imensa. Discussões saudáveis e o bom humor que impera de forma próspera. Já houve trocas de farpas e desentendimentos, mas nada que tenha resultado em punições severas. Pois se uma mesma pessoa estiver sendo o mártir de toda briga que ocorre, esta deve ser deixada de lado para não desequilibrar um ambiente de foco amistoso. Antes disso há uma chance, porém a segunda escapada de curva, irá dar de cara com o muro.
Recentemente, o campeonato SUPER GTS na GT500 e GT300 finalizou de forma muito agradável. Eu, Gabriel Vieira, piloto da O.S Motorsport na GT500 (#27 Scallop Steelseries HSV-010), fui detentor da 3º colocação geral. Marquei presença no pódio em todas as corridas. Como companheiro de equipe, tive Gian Carvalho a bordo de seu #85 Oak GoPro Gathers Mégane. Mesmo não fazendo uma campanha que desejava, estou extremamente feliz por ele ter se esforçado a garantir resultados positivos. Para um primeiro campeonato, foi um aprendizado e tanto. A importância de trabalho em equipe e estratégias é mesmo muito grande. Questão de análise da pista, as voltas, acerto de carro, consumo, condições climáticas e paradas técnicas dentro do ideal são coisas seriamente a serem pensadas de forma muito cautelosa. Resumindo: o nível para o próximo campeonato será praticamente dobrado, pois todos os pilotos terão certa noção do que irão executar ao longo da competição.
Sobre o campeonato em si, eu senti uma certa falta de competitividade. O monopólio dos HSV's se manteve até a corrida de Spa-Francorchamps, quando num erro estratégico, Junior perdeu a liderança e consequentemente o pódio. Otto Wilson conseguiu uma vitória milimétrica com o seu #99 TOTALSPORT NISMO GT-R, veículo até pouquíssimo visado, diante do campeão Nick Nagano, com seu #3 NAG-R HSV-010 deveras chamativo, carinhosamente apelidado pela massa de "boate rosa" devido as piscadelas de seu farol em conjunto da cor nada convencional.
Antes das inscrições, o foco era realmente pegar o HSV primeiro. Um carro ágil e de aceleração soberba, faz curvas como uma brisa cortante. Chato demais de se perseguir. Em retas não era grande coisa. Apesar das altas rotações, não era páreo para o GT-R nesse quesito. Mas no geral era um carro simplesmente perfeito nas mãos de quem entendia. Aliás, qualquer carro vira máquina nas mãos de quem tem etanol, metanol, gasolina ou diesel correndo nas veias. Uma surpresa até então agradável era o Supra, totalmente esquecido pelo povo, exceto por Denner. Pela conexão instável, não conseguiu completar sequer uma prova. Seu RD Supra Bebê (por causa da cor azul bebê), carinhosamente assim chamado, do pouco que presenciou causou frisson. Tempos exorbitantes ! Se aquele veículo estivesse no campeonato, eu teria meus postos nos pódios tomados facilmente. Presenciei trocas de posições calorosas com os líderes absolutos, Nick e Junior, além de ter lutado posições em Suzuka e em Apricot, com Otto. Todos excelentes pilotos, assim como quem brigava atrás a exemplo de Thiago, Jiffy e Anderson. Os meus maiores feitos, sem dúvida alguma foram a Pole Position em Fuji e a segunda colocação em Le Mans, onde consegui de forma suada sob chuva torrencial. Antes e depois disso, obtive somente terceiros lugares, que me deixaram mais que satisfeito. Sentia que, não estava realmente preparado para vencer devido inúmeros erros que cometia, mas todo esforço foi compensado no final. Nick Nagano e Junior Tavares tiveram uma briga eletrizante pela liderança do campeonato. Ambos revezavam vitórias: um ganhava, e na etapa seguinte era o outro. Coisa de louco ! Pilotos de níveis extraordinários, que podem evoluir muito mais. Como eu disse, presenciei side-by-side cada troca de posição destas feras, e para o espectador é um teste para cardíaco.
A GT300, sem ter muito a minha atenção, pude ver pela volta que dava em retardatários que a competição estava equilibrada. A presença de Lucas Furlan naquela categoria era no mínimo curiosa. Não só por mim, mas por quase todos que iriam correr. Considerado por o melhor piloto da família, não optou por correr na GT500 e surpreendeu a escolha pela GT300. Geovanne Ferreira foi seu principal arquirrival. Ambos detinham em mãos o Lexus IS350, pego por Lucas após duas rodadas que anteriormente pilotava um GT-R GT3. O indaiatubano teve a infelicidade de não participar de uma e não completar algumas provas, mas nada que tirasse o mérito do bragantino Geovanne, vencedor de quase todas as etapas e consequentemente campeão da categoria. O foco atrás era frenético, onde balanceava batalhas entre Maciel Claudino, Carlos Marrasca, Gian Carvalho, Júlio Molchan e Rafael Pereira. O jovem garoto (e também o mais novo) Pedro Petry passou despercebido em questões de performance, mas seu carisma e interesse em se dedicar ao campeonato foi inegável e contagiante, tendo o meu respeito e admiração (ou senão de outros pilotos) em querer superar suas dificuldades dentro da pista. Em minha visão, dava um pouco de pena ter que passar entre os retardatários que batalhavam por posições e desgrenhar aquilo. Tais pilotos são símbolos muito talentosos em muitas questões, sem dúvida irão aprimorar mais ainda suas habilidades nas pistas e tornar as corridas muito mais emocionantes do que já eram.
Nick Nagano (#3 NAG-R HSV-010), campeão da temporada 2014 da SUPER GTS na GT500 |
Geovanne Ferreira (#89 LEXUS TOTALSPORT IS350), campeão da temporada 2014 da SUPER GTS na GT300 |
A experiência que obtive na SUPER GTS foi simplesmente fantástica. Não só pra mim, mas garanto que em todos os pilotos o sentimento foi o mesmo. Dá pra notar como é ter a emoção de pilotar e dar todo o seu potencial. Um misto de ansiedade, nervosismo, estratégia e puro cálculo. Se sentimos isso virtualmente, imagine isso na vida real?
Levantando essa questão de experiência e emoção, os games estão tendo uma importância muito grande no cenário competitivo, tanto que são considerados "esportes" em alguns países. A exemplo de League of Legends, DotA, Battlefield e Fifa, Gran Turismo tem uma chance muito grande de se tornar um e-sport de peso. Se trata de automobilismo, e automobilismo é esporte. A GT Academy é um exemplo notório, tendo realizado a vida de Lucas Ordóñez, até então na época um simples jogador de GT5 e hoje é um dos pilotos do automobilismo japonês na Super GT. Por que não expandir os horizontes de Gran Turismo para as arenas de games em campeonatos? Ter a emoção de trabalhar em equipe, contando com seu melhor piloto diante de milhares de pessoas? Quem sabe aquele que se destaca nas pistas virtuais, logo não ganha uma oportunidade de correr nas mais diversas pistas e categorias de automobilismo do mundo, além do caminho da GT Academy? É um pensamento muito grande, mas que pode se realizar em breve com esta meteórica valorização do e-sport no mundo todo.
Lucas Ordóñez, campeão da primeira edição da GT Academy, é um exemplo de que o e-sport traz muitas oportunidades se detém muitas habilidades. |
Agradeço à você que leu este texto. Muito obrigado pela colaboração e sua atenção !
“Somos a geração Gran Turismo. Nós bebemos gasolina no café-da-manhã, almoço e jantar. Viemos para sermos os mais rápidos ! ”
Agradecimentos especiais aos amigos/membros/pilotos Nick Nagano, Geovanne Ferreira, Lucas Furlan, Fernando Laet, Clayton Nemezio, Gian Carvalho, Júlio Molchan, Maciel Claudino, Pedro Petry, Otto WIlson, Anderson da Silva, Júnior Tavares, Thiago Prado, Jiffy Betha, Rafael Pereira, Evandro Ferreira, Carlos Marrasca, Roberto Denner e Robson B Oliveira.
Aos demais, você que leu e está lendo este trecho, muito obrigado por fazer parte da GTS ! Se ainda não se integrou, por favor, não perca tempo ! Junte-se à nós !
GRAN TURISMO STAGE - Faster Than You !
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